segunda-feira, 30 de março de 2015

POLINIZAÇÃO



Muitas coisas na natureza acontecem para atrair animais polinizadores. Os movimentos dos agentes polinizadores contribuem para a oportunidade de recombinação genética com uma população dispersa de plantas. As flores atraem os animais através de suas cores atrativas e aromas.
A polinização é o caminho que o pólen realiza para que ocorra a fecundação e os polinizadores são responsáveis por fornecer esse serviço para uma gama de ecossistema terrestres, independentemente do maior ou menor grau de humanização que possam incorporar. Podendo ser feita por autofecundação, quando o grão de pólen não atinge o seu estigma, ou seja, as flores rejeitam seu próprio pólen, como por exemplo a ervilha que são capazes de serem fecundadas antes mesmo de a flor se abrir. Existe também a polinização cruzada, quando ocorre de uma flor para outra em plantas diferentes, constituindo uma importante adaptação evolutiva das plantas, possibilitando novas combinações de fatores hereditários e aumentando a produção de frutos e sementes.
Os vegetais são polinizados por agentes polinizadores, estimando-se que 73% Estima-se que aproximadamente 73% das espécies vegetais cultivadas no mundo sejam polinizadas por alguma espécie de abelha, 19% por moscas, 6,5% por morcegos, 5% por vespas, 5% por besouros, 4% por pássaros e 4% por borboletas e mariposas. Desses grupos as abelhas são os principais, pois que levam em seus pelos o pólen das flores que tem sua importância para o desenvolvimento das colmeias devido ser rico em proteínas, garantindo assim o desenvolvimento da família e perpetuação da espécie vegetal.
A polinização é um dos mais importantes benefícios das abelhas para a humanidade no que diz respeito a sua eficácia quanto aos benefícios gerados aos ecossistemas silvestres e agrícolas.
No Brasil, os serviços de polinização têm sido pouco valorizados e estudados, dando mais importância a produção de produtos agroquímicos, variedades nas técnicas de cultivo e no equilíbrio ecológico isoladamente, sendo que tudo isso interfere no processo de polinização das plantas, perpetuação das matas e florestas, produção de frutos e sementes. Já em outros países, esse assunto é considerado um fator de produção agrícola ou manutenção de ecossistemas silvestres.
Contudo, isso não ocorre quando há deficiência no processo, dificultando assim a variabilidade genética entre os vegetais. A ação humana na biosfera alterou extremamente os ecossistemas, fazendo com que haja uma quebra de desempenho nos processos de nidação, além disso a diminuição das espécies desses animais que se alimentam de frutos e sementes, colocando em risco todo o bioma em que vivem.
Logo, faz-se necessário pesquisas mais elaboradas no ramo que abordem a real importância que a polinização traz no setor econômico tanto no sistema agrícola quanto no sistema natural. Além disso, é importante ser feita uma avaliação da verdadeira eficácia desses métodos e desenvolver técnicas de promoção de conservação, diversidade e manejo desses polinizadores e das áreas naturais otimizando esse serviço prestado a todos os ecossistemas terrestres. Essas iniciativas servirão também como esclarecimento para a população em geral sobre o papel e importância polinização para os sistemas agrícolas e silvestres, focando nos agricultores, apicultores, profissionais das ciências agrárias, técnicos em geral, extensionistas, ONGs, formadores de políticas públicas e tomadores de decisões.




BIBLIOGRAFIA



MAGALHÃES, Breno Freitas. USO DE PROGRAMAS RACIONAIS DE POLINIZAÇÃO EM ÁREAS AGRÍCOLAS. Disponível em: http://www.bichoonline.com.br/artigos/apa0015.htm. Acesso: 30 de março de 2015.

MAGALHÃES, Breno Freitas. POLINIZADORES E POLINIZAÇÃO: O VALOR ECONÔMICO DA CONSERVAÇÃO. Disponível em: http://www.sbpcnet.org.br/livro/57ra/programas/CONF_SIMP/textos/brenofreitas.htm. Acesso: 30 de março de 2015.

SOUZA, Darklê Luiza; EVANGELISTA, Adriana Rodrigues; PINTO, Maria do Socorro de Caldas. AS ABELHAS COMO AGENTES POLINIZADORES. Disponível em: http://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n030307/030710.pdf. Acesso: 30 de março de 2015.