quinta-feira, 19 de novembro de 2015

BIOTECNOLOGIA, MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE

Nas últimas décadas o desenvolvimento tecnológico e econômico tem despertado na sociedade a consciência de relacionar a biotecnologia e o meio ambiente avaliando mais reflexivamente o conceito de sustentabilidade e dando a real importância à conservação e preservação da biodiversidade.
Contudo, a Biotecnologia busca em um conjunto de técnicas otimizar, através da manipulação de material genético de seres vivos, um desenvolvimento adequado para a população. Segundo alguns pesquisadores, ela tem sua relevância não apenas na agricultura, mas também possui fins industriais ou medicinais fazendo com que aumente a capacidade de melhorar a saúde humana e o bem estar dos consumidores.
Experimentos mostram aspectos positivos na agricultura, onde sementes transgênicas oferecem menos perda em razão de plantas inovadoras ou ataque de insetos, significando um aumento na produtividade por área plantada.
Além de reduzir a pressão em novas áreas agriculturáveis, preservando, assim, também as florestas e vegetações nativas que seqüestram carbono e mitigam os efeitos do aquecimento global. Outro benefício seria o desenvolvimento de plantas não comestíveis com alta capacidade de absorção, utilizadas para a recuperação de solos e águas contaminadas com materiais pesados. Porém, as vantagens dessa engenharia nas mais variadas técnicas vão muito além de benefícios ambientais, garantindo um futuro para a sociedade atual.
Além disso, cientistas espanhóis desenvolveram um milho transgênico com níveis elevados de três nutrientes: betacaroteno, folato e ascorbato (vitaminas A, B, C respectivamente).  O genoma da planta foi modificado com três genes, um para sístese de cada molécula. O experimento foi feito com milho branco, principal variedade consumida na África subsaariana, e os cientistas propõem que ela seja usada para reduzir a desnutrição no continente.
Por outro lado, alguns opositores dos transgênicos têm atentado para os perigos que os alimentos alterados geneticamente podem representar para a saúde humana e para o meio ambiente, como alergias, intolerância, etc. Algumas pesquisas com o gene que comanda a síntese da toxina Bt, por exemplo. Ele foi retirado de uma bactéria e inserido no DNA do milho. Esse mata lagartas que se alimentam dele, mas é totalmente inofensivo ao ser humano. Todavia, algumas lagartas mostram-se geneticamente resistentes à ação de lagartas. Logo, as desvantagens são alguns acidentes que essas pesquisas podem causar provocando sérias reações de intolerância alimentícia em nosso organismo. Especialistas receiam que as plantas transgênicas cruzando naturalmente com seus similares não modificados, possa haver prejuízo para a biodiversidade, pois passariam a existir apenas híbridos com pouca viabilidade.
Portanto, através de estudos com bases científicas nas mais variadas áreas da tecnologia, podemos dizer que a Biotecnologia desempenha papel importante para atingir as metas de sustentabilidade. Muitas de suas aplicações podem ser vantajosas para a humanidade, mas geram controvérsias a respeito das consequências sobre a saúde humana e animal, os impactos ambientais e a sociedade. O certo é que ainda não se sabe ao certo os efeitos a longo prazo.
Entretanto, são necessárias ações políticas e jurídicas para nortear a introdução de novas tecnologias nos sistemas produtivos para que o avanço econômico tenha resultados significativos na sociedade, buscando a sustentabilidade por meio de técnicas biotecnológicas, embora, por enquanto, ainda não serem competitivas com as tecnologias convencionais.



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CLARA, Ana Guerrini Schenberg. Biotecnologia e desenvolvimento sustentável. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142010000300002.

SANTOS, Manassés Silva. Desenvolvimento e Sustentabilidade: uma discussão socioeconômica e ambiental. Disponível em: http://www.cib.org.br/em-dia-com-a-ciência/biotecnologia-e-meio-ambiente-uma-associação-a-favor-da-sustentabilidade/


PEZZI, Antonio; OSSOWSKI, Demétrio Gowdak; SIMÕES, Neide de Mattos. BIOLOGIA: Citologia, embriologia, histologia. 1ed. FTD. São Paulo, 2010.

segunda-feira, 30 de março de 2015

POLINIZAÇÃO



Muitas coisas na natureza acontecem para atrair animais polinizadores. Os movimentos dos agentes polinizadores contribuem para a oportunidade de recombinação genética com uma população dispersa de plantas. As flores atraem os animais através de suas cores atrativas e aromas.
A polinização é o caminho que o pólen realiza para que ocorra a fecundação e os polinizadores são responsáveis por fornecer esse serviço para uma gama de ecossistema terrestres, independentemente do maior ou menor grau de humanização que possam incorporar. Podendo ser feita por autofecundação, quando o grão de pólen não atinge o seu estigma, ou seja, as flores rejeitam seu próprio pólen, como por exemplo a ervilha que são capazes de serem fecundadas antes mesmo de a flor se abrir. Existe também a polinização cruzada, quando ocorre de uma flor para outra em plantas diferentes, constituindo uma importante adaptação evolutiva das plantas, possibilitando novas combinações de fatores hereditários e aumentando a produção de frutos e sementes.
Os vegetais são polinizados por agentes polinizadores, estimando-se que 73% Estima-se que aproximadamente 73% das espécies vegetais cultivadas no mundo sejam polinizadas por alguma espécie de abelha, 19% por moscas, 6,5% por morcegos, 5% por vespas, 5% por besouros, 4% por pássaros e 4% por borboletas e mariposas. Desses grupos as abelhas são os principais, pois que levam em seus pelos o pólen das flores que tem sua importância para o desenvolvimento das colmeias devido ser rico em proteínas, garantindo assim o desenvolvimento da família e perpetuação da espécie vegetal.
A polinização é um dos mais importantes benefícios das abelhas para a humanidade no que diz respeito a sua eficácia quanto aos benefícios gerados aos ecossistemas silvestres e agrícolas.
No Brasil, os serviços de polinização têm sido pouco valorizados e estudados, dando mais importância a produção de produtos agroquímicos, variedades nas técnicas de cultivo e no equilíbrio ecológico isoladamente, sendo que tudo isso interfere no processo de polinização das plantas, perpetuação das matas e florestas, produção de frutos e sementes. Já em outros países, esse assunto é considerado um fator de produção agrícola ou manutenção de ecossistemas silvestres.
Contudo, isso não ocorre quando há deficiência no processo, dificultando assim a variabilidade genética entre os vegetais. A ação humana na biosfera alterou extremamente os ecossistemas, fazendo com que haja uma quebra de desempenho nos processos de nidação, além disso a diminuição das espécies desses animais que se alimentam de frutos e sementes, colocando em risco todo o bioma em que vivem.
Logo, faz-se necessário pesquisas mais elaboradas no ramo que abordem a real importância que a polinização traz no setor econômico tanto no sistema agrícola quanto no sistema natural. Além disso, é importante ser feita uma avaliação da verdadeira eficácia desses métodos e desenvolver técnicas de promoção de conservação, diversidade e manejo desses polinizadores e das áreas naturais otimizando esse serviço prestado a todos os ecossistemas terrestres. Essas iniciativas servirão também como esclarecimento para a população em geral sobre o papel e importância polinização para os sistemas agrícolas e silvestres, focando nos agricultores, apicultores, profissionais das ciências agrárias, técnicos em geral, extensionistas, ONGs, formadores de políticas públicas e tomadores de decisões.




BIBLIOGRAFIA



MAGALHÃES, Breno Freitas. USO DE PROGRAMAS RACIONAIS DE POLINIZAÇÃO EM ÁREAS AGRÍCOLAS. Disponível em: http://www.bichoonline.com.br/artigos/apa0015.htm. Acesso: 30 de março de 2015.

MAGALHÃES, Breno Freitas. POLINIZADORES E POLINIZAÇÃO: O VALOR ECONÔMICO DA CONSERVAÇÃO. Disponível em: http://www.sbpcnet.org.br/livro/57ra/programas/CONF_SIMP/textos/brenofreitas.htm. Acesso: 30 de março de 2015.

SOUZA, Darklê Luiza; EVANGELISTA, Adriana Rodrigues; PINTO, Maria do Socorro de Caldas. AS ABELHAS COMO AGENTES POLINIZADORES. Disponível em: http://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n030307/030710.pdf. Acesso: 30 de março de 2015.

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

SÉRIE:TESTE DA ORELHINHA







Nos bebês o sentido da audição já começa a ser desenvolvido a partir do quinto mês de estação, quando eles escutam dentro da barriga da mãe os sons do corpo e sua voz. A perda na capacidade auditiva, por menor que seja já impede no desenvolvimento da criança no que diz respeito ao recebimento de informações sonoras que são essenciais para o aprendizado da linguagem.
Por isso se faz importante a detecção precoce de algum problema auditivo em crianças através do Teste da Orelhinha ou Triagem Auditiva Neonatal.  Esse teste é um exame rápido e indolor, realizado logo ao nascer, no segundo ou terceiro dia de vida do bebê, e consiste na colocação de um aparelho conectado a um computador na orelha do bebê que emite sons com intensidade baixa e recolhe as respostas que a orelha interna do bebê produz.
Crianças até seis meses de idade que realizam esse exame e têm um diagnóstico com deficiência na audição, quando recebem tratamento especializado, com intervenção fonoaudiológica, podendo desenvolver linguagem próxima a de uma criança ouvinte. No entanto, a maioria dos diagnósticos acontece tardiamente nas crianças, prejudicando assim o desenvolvimento emocional, social, cognitivo e de linguagem.
Portanto, o Teste da Orelhinha é algo fundamental ao bebê, já que os problemas auditivos afetam a qualidade de vida da criança, interferindo no processo da fala, tendo dificuldade em ouvir ou se expressar e, com isso, sentindo mais dificuldade em se socializar.

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

LIBRAS: CONSTRUÇÃO DE UM SINAL



A Língua Brasileira de Sinais é a língua materna dos surdos brasileiros. Qualquer pessoa interessada por se comunicar com essa comunidade pode aprender. Entretanto esta língua possui alguns elementos classificatórios que demandam de prática para seu aprendizado.
Os sinais são formados a partir da combinação do movimento das mãos com um determinado formato em um determinado lugar, podendo este lugar ser uma parte do corpo ou um espaço em frente ao corpo. Os parâmetros são as articulações das mãos que podem ser comparados aos fonemas e às vezes aos morfemas. Na língua dos sinais existem 5 parâmetros: 


  • ·         CONFIGURAÇÃO DAS MÃOS

É forma que a mão assume durante a realização de um sinal. As mãos podem formar os sinais através do alfabeto manual ou outras formas feitas pela mão predominante (direita ou esquerda) como uma das unidades mínimas para produzir um sinal como um todo.



Algumas palavras têm articulações iguais, porém locais diferentes para distinguir cada palavra.
Exemplo: SÁBADO E APRENDER.



  • PONTOS DE ARTICULAÇÃO

Lugar onde será realizado o sinal. As mãos são posicionadas no momento da sinalização, podendo esta tocar alguma parte do corpo ou estar em um espaço neutro vertical (do meio do corpo até a cabeça) e horizontal (à frente do emissor).



  • ORIENTAÇÃO (DIREÇÃO)

Os sinais podem ter uma direção e a inversão desta pode significar ideia de oposição. Essas direções podem ser unidirecional, bidirecional ou multi direcional.



  • MOVIMENTO

É o deslocamento da mão no espaço durante a realização de um sinal. Os sinais podem ter movimento ou não.



  • EXPRESSÃO FACIAL E/OU CORPORAL

São componentes não manuais que muitas vezes podem definir ou diferenciar significados entre sinais. A expressão facial e corporal pode traduzir alegria, tristeza, raiva, amor, encantamento, etc., dando mais sentido às LIBRAS e, em alguns casos, determinando o significado de um sinal.



FONTES: 

CAMPOS, Lilian. Diferença entre alfabeto manual e a configuração de mãos. Disponível em:  http://liliacamposmartins.blogspot.com.br/2010/11/diferenca-entre-alfabeto-manual-e.html. Acesso em 11 de agosto de 2014.

FELIX, Rayanne. Os cinco parâmetros. Disponível em: http://librasitz.blogspot.com.br/2010/07/os-cinco-parametros.html. Acesso em 11 de agosto de 2014.


PACHECO Jonas e ESTRUC, Ricardo. Curso Básico de Libras. p. 9. São Paulo, 2011.